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A aquisição da Enel Goiás pela Equatorial teve como um dos principais impulsionadores dessa operação a possibilidade de diversificar a atuação do grupo no segmento de distribuição. Com a operação a empresa, que já opera em cinco diferentes estados no Norte, Nordeste e no Sul, chega a mais uma região geográfica e consolida o seu papel neste segmento.
“A nossa disciplina financeira mais o nosso olhar único para identificar as oportunidades de crescimento nos permitiu realizar uma alocação de capital a um retorno muito atrativo como este. Identificamos uma oportunidade única e essa aquisição nos permitiu avançar na diversificação e fortalecimento do nosso portfolio ao trazer um perfil de mercado complementar. Além disso, a proximidade com o processo tarifário no ano que vem nos traz a possibilidade de um crescimento expressivo”, disse o CEO do grupo, Augusto Miranda.
O executivo ainda declarou que o estado de Goiás vem crescendo acima da média do Brasil. “Com certeza a Equatorial suportará esse crescimento fornecendo energia em quantidade e qualidade para toda a sociedade goiana. Com relação à adequação da transação em um cenário de volatilidade macroeconômica de proximidade e eleitoral, a Celg-D passa a ser nosso ativo de menor complexidade comercial e adiciona mais de 3,3 milhões de clientes ao grupo, ou seja, um crescimento de mais de 30%. Além disso, realizamos aquisição em um momento perfeito se considerarmos que os ativos de transição já estão adultos e contribuindo para a alavancagem”, ressaltou Miranda durante teleconferência com investidores realizada nesta sexta-feira, 23 de setembro.
O contrato de compra e venda prevê a reestruturação dos empréstimos existentes entre a Celg-D, a Enel e outros agentes no valor de R$ 5,71 bilhões. Segundo Miranda o financiamento para fazer a renegociação dessas dívidas já está 100% contratado e o prazo para pagamento será de 12 meses após o closing da operação.
Enel foca em otimização
Já para a parte vendedora, a Enel, a empresa afirma que a transação está em linha com o atual plano estratégico do grupo, uma vez que contribui para o objetivo de melhorar e otimizar constantemente o perfil de risco-retorno e de sua base de ativos, com foco nos negócios prioritários. Nesse sentido, a venda está alinhada com a atual estratégia de focar o negócio de distribuição em redes urbanas e aproveitar plenamente as oportunidades decorrentes da presença integrada no contexto da transição energética, com o avanço da geração distribuída e das redes inteligentes nos próximos anos.
“O processo de transição energética é um processo que além de descarbonizar ele também implica na eletrificação nos usos da energia e isso traz muitos desafios e que são bastante novos no Brasil. Sob o pilar da geração nós já estamos atuando forte desde 2021 e vamos seguir nesse crescimento”, disse o country manager da Enel Brasil, Nicola Cotugno.
Ele ainda afirmou que a companhia pretende ampliar os investimentos nas seguintes áreas: geração distribuída, área de mobilidade elétrica nos transportes e no armazenamento de energia. “Potencialmente também na produção do hidrogênio, mas tudo isso implica obviamente em buscar um novo equilíbrio entre nossa presença nas distintas áreas”, declarou.
O executivo do Grupo Enel afirmou que eles deram à população goiana, em especial, um serviço melhor. “A gente cumpriu do melhor jeito possível a nossa missão”, disse ao ser questionado sobre a fala do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, dizendo que com a chegada da Equatorial houve um passo fundamental para superar o problema de distribuição de energia elétrica.